domingo, 8 de dezembro de 2013

O Hobbit

 
(Imagem de arquivo pessoal)
"Bilbo se pôs de pé de um salto e, vestindo o roupão, foi para a sala de jantar. Ali não viu ninguém, mas apenas os vestígios de um desjejum farto e apressado. Havia uma bagunça horripilante na sala e pilhas de louça suja na cozinha. Quase todas as panelas e vasilhas pareciam ter sido usadas. Lavar a louça foi tão desanimadoramente real que Bilbo foi forçado a acreditar que a festa da noite anterior não tinha sido parte de seus pesadelos, como gostaria de crer. Na verdade, ficou bastante aliviado depois de pensar que todos se tinham ido sem ele, sem nem darem o trabalho de acorda-lo ("mas sem nem um muito-obrigado", pensou); mesmo assim, de certa forma não pôde evitar sentir-se ligeiramente desapontado. A sensação o surpreendeu.

- Não seja tolo, Bilbo Bolseiro! - disse ele para si mesmo. - Pensando em dragões e toda essa besteira estapafúrdia na sua idade! - Colocou então um avental, acendeu o fogo, ferveu a água e lavou a louça. Depois fez um pequeno e agradável desjejum na cozinha antes de arrumar a sala de jantar. Nessa hora o sol estava brilhando; a porta da frente estava aberta, deixando entrar uma brisa morna de primavera. Bilbo começou a assobiar alto e a esquecer-se da noite anterior. Na verdade, estava justamente se sentando para um segundo ligeiro agradável desjejum na sala de jantar, ao lado da janela aberta, quando eis que entrou Gandalf."

#F.Collins

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